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SELIC: Lula critica manutenção da taxa em 10,50% ao ano

SELIC: Lula critica manutenção da taxa em 10,50% ao ano

Decisão unânime do Copom desacelera o ciclo de afrouxamento monetário e desagrada Presidente: “Autonomia para servir e atender a quem?”.

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Sob os olhares atentos do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (19) pela manutenção da taxa de juros (Selic) em 10,50% ao ano.

A manutenção era esperada pelo mercado e por especialistas, no entanto, após o placar de 5 a 4 no último encontro, a unanimidade demonstrada pelas autoridades na reunião de ontem, afasta a visão de alinhamento político do colegiado, composto por diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os remanescentes da gestão de Jair Bolsonaro.

No comunicado, o Comitê ressalta que “considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 10,50% a.a. e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025”.

Críticas à decisão

Em entrevista à rádio Verdinha, em Fortaleza (CE), nesta quinta-feira (20), o presidente Lula (PT) criticou a decisão do Comitê e questionou sobre a autonomia no Banco Central do Brasil (BC). O presidente disse que é uma “pena” a decisão do Copom e afirmou que a Selic a 10,50% beneficia apenas os bancos privados, que “preferem, ao invés de fazer crédito, ganhar dinheiro com a alta taxa de juros”. 

Lula comparou a gestão de Campos Neto à de Henrique Meirelles no BC, entre 2003 e 2010:

“O presidente nunca se mete nas decisões do Copom. O Meirelles tinha autonomia comigo, tanto quanto tem esse rapaz hoje. Mas o Meirelles, eu tinha o poder de tirar, como o FHC tirou tantos”, reforçou o petista. “Aí resolveram entender que era importante que tivesse um Banco Central independente e com autonomia. Ora, autonomia de quem? Autonomia para servir e atender a quem?”

Lula defendeu que o valor pago com juros deveria ser visto como gasto público, porque, de acordo com ele, a alta do percentual diminui a capacidade de investimento no país.

“Estava em uma reunião do orçamento discutindo que nós temos a possibilidade de ter um déficit de R$30 bilhões a R$40 bilhões. Aí eu fico olhando o outro lado da folha que me apresentam. Só de juros no ano passado, foram R$790 bilhões que a gente pagou. Só de desoneração, foram R$536 bilhões que a gente deixou de receber”, declarou.

Próximas reuniões

A nota indicou que para as próximas reuniões, “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

O Copom ainda irá realizar quatro reuniões neste ano, mas, para analistas do setor, as chances de uma queda da taxa no curto prazo são minúsculas. O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), projeta a retomada na redução da taxa Selic na próxima reunião do Conselho. Segundo Alckmin, existe a expectativa de uma queda na taxa de juros dos Estados Unidos, que possibilitará a baixa no percentual brasileiro. 

Na avaliação do vice-presidente, a Selic deveria ser menor tendo em vista a inflação inferior a 4%. Contudo, Alckmin se mostrou otimista com a redução na próxima reunião do Copom, ao afirmar que o tempo servirá para esclarecer o comprometimento do governo com a questão fiscal.

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autor

Layane Monteiro
Analista Política e Criadora de Conteúdo Nomos

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