O que muda com a Nova Redução na SELIC?
Na última quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu em 0,5 ponto percentual a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, que agora está em 10,75% ao ano.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e regular a economia.
Essa é a sexta redução consecutiva na taxa Selic, desde o início dos cortes, em agosto de 2023. A última vez que a Selic esteve neste patamar foi em fevereiro de 2022: de março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas. Posteriormente, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas, de agosto de 2022 a agosto de 2023
Segundo o Copom, a decisão “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
O Comitê indicou, ainda, que a sequência de cortes deve continuar nos próximos encontros, que ocorrem a cada 45 dias.
Principais impactos da Selic a 10.75% na economia brasileira
-Maior tendência de aumento no consumo e investimento, o que pode acelerar o crescimento econômico.
Na teoria, com juros mais baixos, o crédito fica mais barato para as empresas e para as famílias, o que gera mais consumo e aumenta as possibilidades de investimentos.
No entanto, a rentabilidade real da poupança pode ser afetada, uma vez que a remuneração desse tipo de investimento está diretamente ligada à taxa Selic. Fundos de renda fixa, Tesouro Direto e investimentos em renda variável, podem oferecer retornos mais atrativos.
-Cresce a avaliação quanto à desaceleração da redução dos juros a partir de junho.
De acordo com o comunicado do Banco Central, o valor da taxa Selic deve continuar diminuindo nos próximos meses, mas os dirigentes devem avaliar em junho se o corte será no mesmo patamar de 0,5% ou se o Copom vai diminuir os reajustes para 0,25%.
“O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente. Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que antevêem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. O Comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, ata do BC.
-Cenário Externo
As mudanças na taxa de juros nos Estados Unidos podem influenciar as condições econômicas e financeiras no Brasil devido aos fluxos de capital internacional e às políticas monetárias dos respectivos países. No comunicado, o Copom também avaliou que o cenário externo continua "exigindo cautela por parte de países emergentes".
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) manteve os juros do país inalterados, em uma faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, o maior nível das taxas desde 2001.
“O Comitê avalia que as conjunturas doméstica e internacional estão mais incertas, exigindo cautela na condução da política monetária.”
-Próximas Reuniões
O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir o patamar da Selic. Em 2024, o colegiado vai se reunir mais seis vezes:
- 7 e 8 de maio
- 18 e 19 de junho
- 30 e 31 de julho
- 17 e 18 de setembro
- 5 e 6 de novembro
- 10 e 11 de dezembro
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