A última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) nos dias 01 e 02 de agosto, marcou a estreia de dois novos diretores, Gabriel Galípolo e Aílton Aquino, indicados pelo presidente Lula em julho deste ano - relembre neste post.
A aguardada reunião anunciou também a primeira redução da taxa de juros desde 2020. A taxa SELIC teve queda de 0,5%, caindo de 13,75% para 13,25% ao ano.
SELIC
O nome Selic vem da sigla Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Este sistema é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo Banco Central.
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, e influencia todas as demais taxas de juros no país: é a referência para diversos investimentos, como títulos públicos, CDBs, fundos de investimento e empréstimos bancários. Em resumo, a taxa Selic refere-se à taxa de juros apurada nas operações de empréstimos entre as instituições financeiras que utilizam títulos públicos federais como garantia.
Banco Central
A taxa SELIC é o principal instrumento utilizado pelo Banco Central para controlar a inflação. Decisões de política monetária, incluindo a determinação da taxa Selic, não são influenciadas por pressões políticas de curto prazo, pois o Banco Central possui autonomia para definir e utilizar instrumentos reguladores para alcançar seus objetivos, ou seja, o Banco Central é independente em relação ao Governo e aos poderes políticos.
Embora autônomo, o Banco Central deve ser transparente em suas ações e decisões, prestando contas ao público e às autoridades sobre suas políticas e resultados.
Como funciona na prática?
A taxa de juros Selic é a referência para os demais juros da economia.
Uma vez definida a taxa Selic, o Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
O Copom toma suas decisões a cada reunião, conforme as expectativas de inflação, o balanço de riscos e a atividade econômica, assim, o Banco Central define a taxa Selic visando o cumprimento da meta para a inflação.
Reunião do Copom - 01 e 02 de agosto
O Comitê de Política Monetária (Copom) é o órgão do Banco Central, que define, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia – a Selic. Na última reunião do Comitê, realizada nos dias 01 e 02 de agosto, os diretores aprovaram uma redução de 0,5% da taxa, caindo de 13,75% para 13,25% ao ano.
O cenário após a reunião do Copom, confirmado pela Ata de Reunião, demonstra a manutenção do tom cuidadoso com que o órgão vem abordando o tema, reforçando a necessidade de “parcimônia e cautela na condução da política monetária”. De modo geral, o resultado é visto com otimismo pelo Governo Federal e investidores, já que a decisão do colegiado seguiu as expectativas do mercado, que previa o início de um processo de queda da taxa de juros em agosto.
Apesar de ser definida pelo Copom, órgão do Banco Central, a taxa Selic pode influenciar indiretamente o comportamento dos investidores e as decisões de alocação de recursos no mercado de capitais regulado pela CVM, a Comissão de Valores Mobiliários.
CVM
A CVM é uma autarquia vinculada ao Ministério da Economia do Brasil, responsável pela regulação, supervisão e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários no país. Atua na fiscalização e no controle das operações realizadas em bolsas de valores, no mercado de balcão organizado e em outras formas de negociação de ativos financeiros.
Segundo o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, a agenda desenvolvimentista do órgão será posta à prova, e destacou que a Resolução 175, considerada o novo marco regulatório dos fundos de investimento, entrará em vigor em outubro “já encontrando um Brasil estável, forte e resiliente e que olha para a taxa de juros em queda”.
Saiba mais sobre a CVM, o Banco Central e outros órgãos reguladores da política e economia brasileira com o Nomos. Acesse agora mesmo e inicie seu teste grátis!